20/12/11 – Entenda o tumor na canela de Natália Zílio:
" O tumor de Natália é conhecido como osteoma osteóide, que é uma lesão osteoblástica, ou seja, de crescimento, frequentemente benigna. É caracterizada pelo seu pequeno tamanho, com bordos claramente delimitados e a presença frequente, mas não constante, de uma zona periférica de neoformação óssea reativa. Histologicamente é constituído por um tecido celular muito vascularizado composto por osso imaturo e tecido osteóide. Aparecem, sobretudo, nas diáfises dos ossos longos, especialmente na tíbia, como no caso de Natália, e no fêmur. A lesão costuma ser dolorosa, provavelmente pela presença de fibras nervosas no tumor e não parece aumentar de volume com a evolução. A queixa clínica típica é uma dor persistente, vaga, que piora à noite.
Radiografias de frente (A) e perfil (B)
(Imagens ilustrativas da Unifesp. não são de Natália)
O tratamento cirúrgico consiste em ressecar o nidus do tumor. Na área ressecada pode ser preenchida com enxerto ósseo e fixação interna, se tiver risco de fratura, o que foi feito no caso de Natália, assim como a colocação da haste de titânio.
O prognóstico é bom, podendo haver cura com a evolução natural ou com a cirurgia. Não ressecção do tumor na cirurgia, ou ressecção parcial, pode gerar recidiva no local. Se a lesão estava localizada em região epifisária pode haver aceleramento do crescimento desta região. As recorrências podem acontecer nos pacientes submetidos a cirurgias intracapsulares ou marginais. Lesões intramedulares em ossos longos, se não for usado enxerto e fixação interna, pode evoluir para fratura".
Por Higor Caetano, graduando em Medicina