Quem acompanha as notícias do vôlei brasileiro já percebeu que de um ano para cá, a Superliga tem passado por algumas mudanças, como a ampliação do calendário, o teste dos 21 pontos e agora recentemente, a discussão da regra do ranking. Em movimento parecido com o nosso, a Liga Italiana começa a estudar mudanças em seu campeonato. Mudanças essas que prometem ser mais profundas que as vistas aqui no Brasil.
Após uma crise que fechou diversos clubes no país, a Liga que organiza o campeonato tem estudado fórmulas para aumentar a arrecadação dos clubes e diminuir o prejuízo de todos. Finalmente, parece que a receita final foi concebida e deve ser apresentada nas próximas semanas. A ideia é transformar o campeonato numa verdadeira empresa.
Segundo divulgou o principal site do esporte na Itália, o Volleyball.it, um dos principais pontos é a criação de franquias. Para eles, hoje, no esporte, além do objetivo desportivo, todos querem produzir lucros. A criação de franquias, segundo a Liga, ajudaria a atrair patrocinadores em busca de lucros e que utilizariam o mérito desportivo para conseguir isso.
Com a criação de franquias, o rebaixamento não existiria mais no campeonato. Para que um time novo entre na Liga, seria necessário que o mesmo adquirisse uma franquia.
A Liga aproveitou e listou as vantagens e desvantagens desse modelo. Como pontos positivos, salientou o planejamento a longo prazo, a programação financeira, a possibilidade de investimentos em outros setores e também a possibilidade de uma visão de negócio por parte do investidor.
Já os pontos negativos colocados foram o fim do rebaixamento e promoção, o risco de se perder investimento de pequenas empresas e os altos custos para adquirir uma franquia.
As franquias teriam licença para atuar por cinco anos. Porém a Liga deixou aberta a possibilidade de ceder convites, como ocorre no Brasil, para novos times e também promovidos da segunda divisão.
Vendo a Liga como um negócio, os dirigentes também propuseram a possibilidade de liberar investidores estrangeiros na Liga e regras, com punição para quem não cumprir, como ter 80% de ocupação mínima do ginásio, gestores com curso de formação e teto salarial.
Na contra-mão do Brasil, a Itália estuda implementar, nesse novo modelo, o ranking de atletas. buscando dar mais equilíbrio a disputa.
As mudanças não tem data para serem votadas, mas já foi apresentada à Federação, que irá analisar a proposta.