
Depois da partida, as camaronesas tietaram as brasileiras
Se o jogo desta quarta-feira era vitória certa para o Brasil ou se o resultado, provavelmente, será descartado para a próxima fase, isso ficou em segundo plano. Pelo menos, pelo lado das camaronesas. Felizes por enfrentarem a seleção bicampeã olímpica, as africanas vibravam a cada ponto e, literalmente, se divertiram em quadra – antes, durante e depois do jogo.
“Só pelo fato de jogar contra a gente, ela estavam alegres, sempre sorrindo e brincando. Isso é bom até para a gente saber que, mesmo com as dificuldades, é possível estar sorrindo”, afirmou a oposta Tandara, autora de dez pontos na partida.
Quando acabou a partida, as seleções e comissões técnicas dos dois times se juntaram numa só fotografia e até houve um momento em que Adenízia se dispôs a ensinar a camaronesa Christelle Nana a sambar. A meio de rede brasileira disse estar “feliz que o voleibol dê oportunidade a todo mundo de jogar, e é por isso que elas (as camaronesas) estão aqui.”
Disputasse um torneio classificatório contra seleções de outros continentes, era provável que Camarões não estivesse num campeonato mundial feminino de vôlei – o mesmo serve para o outro representante africano, a Tunísia. Mas, uma vez classificada para o torneio, a seleção do país tem se preocupado, até, em ver os jogos das rivais – comum vê-las na arquibancada do Palatrieste.
Para o técnico José Roberto Guimarães, trata-se de uma seleção de potencial e em fase de aprendizado.
“É muito bom ver as africanas jogando vôlei, com um tipo físico forte e que ainda pode melhorar tecnicamente”, avaliou o treinador brasileiro.
A próxima partida do Brasil será nesta quinta-feira, às 5h30, no horário de Brasília, abrindo o dia de jogos em Trieste contra o Canadá. Camarões joga ao meio-dia, contra a Sérvia.